Rio de Janeiro - Centenas de torcedores aproveitaram o jogo entre a
Espanha e o Taiti, esta tarde, no Estádio Jornalista Mario Filho, o
Maracanã, para protestar, com cartazes, contra os gastos com as obras da
Copa do Mundo e das Olimpíadas e pedir mais recursos para a educação e
saúde. Alguns, porém, reclamaram que tiveram os cartazes recolhidos
antes e durante o jogo.
Um casal que estava com um cartaz pedindo
que a revisão da passagem nos ônibus urbanos no Rio não fosse feita com
subsídio público, teve o material recolhido por funcionários da
Federação Internacional de Futebol (Fifa) antes do jogo. 'É um absurdo
não poder se manifestar em um ambiente público, já que o Maracanã é do
estado', disse Luiz Renato Bigio.
A enfermeira Sílvia Gonzalez foi
ao estádio com os dois filhos, cada um levando um cartaz pedindo saúde e
educação pública. 'Tentaram duas vezes recolher nossos cartazes, mas
nós insistimos e acabamos ficando com eles. A gente vê que o gasto
público para reforma dos estádios é absurdo. A gente não vê isso sendo
investido em serviços públicos como saúde educação', declarou.
Dezenas
de torcedores reclamaram que não conseguiram chegar ao estádio levando
cartazes, porque a Força Nacional de Segurança e policiais da Tropa de
Choque da Polícia Militar recolhiam o material que estampava frases de
protesto.
Cerca de 71,8 mil torcedores compareceram ao Maracanã
para assistir à vitória de 10 a 0 da Espanha sobre o Taiti pela segunda
rodada da Copa das Confederações. Na saída do estádio, milhares de
torcedores encontraram dificuldades para acessar à estação do metrô, em
São Cristovão, devido ao grande movimento na saída do estádio.
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