O primeiro-ministro palestino Rami Hamdallah ofereceu sua renúncia
ao presidente Mahmoud Abbas, apenas duas semanas depois de assumir o
cargo, disse um funcionário de sua assessoria de imprensa à Reuters
nesta quinta-feira.
Não ficou imediatamente claro se Abbas
aceitaria a renúncia de Hamdallah, um acadêmico e político independente,
cujo gabinete só se reuniu pela primeira vez na semana passada.
A
fonte do governo disse à Reuters que Hamdallah tomou a abrupta e
inesperada atitude por causa de uma "disputa sobre seus poderes."
O
gabinete de Hamdallah consiste predominantemente de membros do partido
Fatah, liderado por Abbas, e comentaristas políticos imediatamente
questionaram quanto espaço ele teria para manobrar.
Seu
antecessor, o economista educado nos EUA Salam Fayyad, renunciou em
abril, depois de seis anos no cargo marcados por difíceis desafios
econômicos e rivalidades com políticos do Fatah, ansiosos para colocar
as mãos nas alavancas de poder.
Desde uma breve guerra civil em
2007 entre o partido secular Fatah, apoiado pelo Ocidente, e o grupo
islâmico Hamas, os palestinos não tiveram um Parlamento funcional ou
eleições nacionais.
Abbas exerce uma soberania limitada na
Cisjordânia ocupada por Israel, enquanto o Hamas, que venceu eleições
legislativas em 2006, tem o seu próprio primeiro-ministro na Faixa de
Gaza.
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