São Paulo - A manifestação na capital paulista já reúne cerca de 30
mil pessoas, conforme cálculo da Polícia Militar. O protesto
concentra-se principalmente no percurso da Avenida Paulista até o Parque
Ibirapuera, mas há também manifestações na Avenida 23 de Maio, na
altura da Rua Tutóia, e na Rodovia Castelo Branco, nos dois sentidos, no
km 22. Os atos são pacíficos.
Na Avenida Paulista, a manifestação
está dividida em dois blocos distintos: em um deles, as pessoas
protestam contra os partidos políticos, a corrupção e os gastos
excessivos com obras da Copa do Mundo. Nesse grupo, os manifestantes
gritam palavras de ordem contra a presidenta Dilma Rousseff, o prefeito
Fernando Haddad e o ex- presidente Luís Inácio Lula da Silva e pedem
mais recursos para a educação e saúde, além de hostilizar os partidos
políticos.
O segundo grupo, encabeçado pelo Movimento Passe Livre
(MPL), pede 'tarifa zero' para o transporte público. Esse bloco inclui
também representantes dos movimentos estudantis, de partidos como o PSTU
e o PSOL, do movimento gay e da Central de Movimentos Populares. Não é
possível saber qual dos dois grupos tem mais participantes.
Na
manifestação de hoje, o MPL comemora a revogação do aumento nas tarifas
do transporte público na capital e lembra as pessoas que estão presas ou
sofrem processo criminal pela participação nos protestos anteriores.
O
prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e o governador do estado,
Geraldo Alckmin, anunciaram ontem (19) a revogação do aumento das
tarifas do transporte público. Com isso, o valor caiu de R$ 3,20 para R$
3. A decisão vale para ônibus que circulam dentro do município, trens e
metrô. Apesar de a revogação já estar valendo, há necessidade de um
período de até cinco dias para que os leitores de passagem sejam
ajustados.
O anúncio ocorreu um dia após a sexta manifestação
contra o aumento das tarifas em São Paulo. O ato reuniu milhares de
pessoas e concentrou-se em frente ao prédio da prefeitura e na Avenida
Paulista. Alguns dos presentes à manifestação tentaram invadir, sem
sucesso a prefeitura, depredaram o prédio e entraram em conflito com a
polícia.
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