Facebook Facebook Facebook email

468x60 Ads

.

Grupo pequeno de manifestantes tanta invadir Prefeitura de São Paulo

O protesto de terça-feira, em São Paulo, contou com uma grande maioria de manifestantes pacíficos. Mas um grupo pequeno, que não representava os ativistas, tentou invadir o prédio da prefeitura. E também houve vandalismo em outros locais do centro da cidade.
Várias lojas fechadas, agências bancárias sem movimento, nenhum funcionário trabalhando. No quiosque de vendas, poucos relógios sobraram. Muitas pessoas tentavam organizar aquilo que restou.
Estragou bastante. Destruíram loja”, disse um homem.
Na prefeitura de São Paulo, o dia foi também de limpeza. Funcionários passaram a tarde inteira limpando a sujeira que foi deixada nas paredes do prédio. Quem caminhava pela rua, podia observar as marcas do vandalismo.
Segundo o Datafolha, a manifestação reuniu na terça-feira 50 mil pessoas. E foi em grande parte, pacífica. Juntos, os manifestantes cantaram o hino. Fizeram festa.
“A violência a gente tem que tirar. A gente tem que protestar com alegria, com força e com garra”, declarou um manifestante.
A manifestação mudou de cara quando uma minoria disposta a arrumar confusão tentou invadir a Prefeitura.
Mesmo vaiado pela maioria, um grupo rompeu o bloqueio montado pela guarda civil. E avançou em direção ao prédio.
Os guardas pediram calma. Foram encurralados. O fotógrafo Andre Lion estava dentro da prefeitura. Ele gravou o pânico no prédio durante o ataque. Guardas tentavam fechar as portas e lançavam spray de pimenta para conter o grupo.
Estilhaços caem do lado de dentro. Era forte o barulho das vidraças se espatifando. O gás se espalhou no prédio. Os guardas se afastaram da porta. Alguém gritou: “Eles vão entrar.” Três dos agressores chutam os vidros até eles quebrarem.
Ele também registrou a tensão entre os manifestantes que tentavam invadir o prédio. E os que não queriam violência. Pedras também eram lançadas contra os andares mais altos.

Nesta quarta, o fotógrafo falou sobre o ataque ao prédio. “Quando eu vi que 30 soldados da Guarda Municipal, eles foram, só eles sozinhos para impedir uma massa de dezena de milhares de pessoas, eles não teriam chance. Eu vi quando eles entraram correndo para dentro da prefeitura. Eu me joguei dentro com eles e entrei”, conta Andre Lion. 
A polícia agora tenta identificar e prender todos eles. As imagens gravadas mostram que um rapaz de branco, com máscara de gás era um dos mais agressivos. Ele tentou arrombar a porta, ameaçou os guardas. Jogou pedras. E usou a grade de proteção para quebrar os vidros. Foi seguido por outros. Nesta quarta, ele foi detido. É Pierre Ramon,20 anos, estudante de arquitetura.
Um senhor participou do vandalismo. Outro bando usou um poste de sinalização para tentar arrombar a porta dos fundos da prefeitura.
Um homem de camisa azul chegou a esconder o rosto pra atirar a pedra, mas logo foi reconhecido. Outro atirou pedras e saiu calmamente.
Baderneiros picharam o prédio. Enquanto um grupo pedia ‘sem vandalismo’, outro grupo continuava jogando pedras para continuar quebrando os vidros da prefeitura. Para tentar conter o tumulto, um grupo estendeu uma faixa branca em frente ao prédio.
Os vândalos se espalharam pelo centro de São Paulo depredando prédios e invadindo lojas. Segundo a prefeitura, 29 lojas e agências bancárias foram atacadas.
Um grupo que estava na Rua Augusta queimou sacos de lixo, chutou portas. Só recuou quando o Batalhão de Choque começou a disparar bombas de efeito.
O restaurante estava cheio de gente, que os vidros foram quebrados. Um pouco mais acima, em outro restaurante, os funcionários todos inalaram vinagre, para tentar combater os efeitos do gás lacrimogêneo.
Na Avenida Paulista, uma placa de publicidade foi queimada. Os repórteres Andressa Rogê e William santos presenciaram um grupo saqueando uma banca de jornal muito perto de policiais.
Hoje pela manhã, o dono não se conformava. "Eu não acreditava, eu sou a favor do movimento, sou a favor de muitas mudanças, mas tem muitos vândalos envolvidos no meio. Isso aconteceu eram duas horas da manhã. Já tinha acabado a manifestação e não tinha policiamento", lamentou Nessim safra, dono da banca.
O vandalismo praticado pela minoria contrastou com o que se viu mais cedo na Praça da Sé, palco de manifestações históricas.

Gente mais velha se misturou à turma de rostos pintados
"Eu posso não ver a mudança, mas meus netos, meus colegas vão ver", disse uma senhora.
Os manifestantes reivindicavam a redução da passagem do transporte publico em São Paulo de R$ 3,20 para R$ 3. Mas também protestavam contra a violência, a corrupção. E pediam paz.
"Eu acredito no nosso povo, na nossa voz. E acredito que a gente tem razão em tudo em tudo o que a gente está brigando", afirmou uma jovem.

0 comentários:

Postar um comentário