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Argentino visita cemiterio

Ovelhas tosqueadas: os kelpers exploram a lã, a carne e o couro Repórter cinematográfico Rafael Sobrinho nos campos cortados pela água Repórter Delis Ortiz; ao fundo, o povoado de Goose Green
No Cemitério dos argentinos, próximo a uma pequena vila chamada Darwin, estão enterrados os argentinos mortos na guerra. Nem todos os soldados puderam ser identificados, há lápides com a inscrição “SOLDADO ARGENTINO SOLO CONOCIDO POR DIOS”. Quando estivemos ali, vimos chegar um grupo de veteranos mais passionais. Eles instalaram um play-back, estenderam a bandeira argentina e cantaram o hino nacional deles. Depois, desabaram em pranto!
Do lado britânico, não encontramos, claro, essas expressões próprias dos latinos. Pela própria natureza, são mais contidos. No entanto, entre eles também descobrimos feridas da guerra ainda abertas. Mesmo tendo ganhado a guerra, com a rendição dos argentinos em 14 de junho de 1982, eles fazem conta das perdas. Conversamos com um grupo de veteranos pára-quedistas, na porta de um Pub – o ponto de encontro da cidade. Eles começam desdenhando dos argentinos, mas, aos poucos, se traem sobre as dores que tentam esconder. São lembranças de uma carnificina ao vivo, dos sons de bombas, de tiros, de gritos. Um deles, também teve que passar o aniversário nessa guerra, completava 21 anos.

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